O Evangelho de João é bem diferente dos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas). Ele não pretende enfatizar, como Mateus, que Jesus é o messias prometido pelas Escrituras judaicas (ver Mt 2,15; 2,17; 2,23; 3,4; 4,14; 8,17, etc). Não tem o caráter emergencial de Marcos, que resume tanto a história de Jesus que seu evangelho tem quase a metade do tamanho de Mateus. Tampouco é, como Lucas, uma carta escrita para explicar a mensagem de Jesus a um gentio (ver Lc 1,1-4). João quer provar que Jesus é o filho de Deus. Para isso apresenta sete sinais capazes de deixar isso bem evidente:
1) Transforma água em vinho (Jo 2,9.11)
2) Cura o filho de um funcionário real (Jo 4,54)
3) Cura um paralítico (Jo 5,7-8)
4) Multiplica os pães (Jo 6,11.14)
5) Caminha sobre as águas (Jo 6,19)
6) Cura de um cego (Jo 9,7)
7) Ressuscita Lázaro (Jo 11,44.47)
Por causa disso João acabou ficando conhecido como o Evangelho dos sete sinais. No final do seu evangelho podemos ler: "Jesus [...] operou também [...] muitos outros sinais [...] Estes, porém, foram escritos para que creais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome" (29,30- 31).
Nenhum comentário:
Postar um comentário