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terça-feira, 29 de setembro de 2009
QUAL A ORIGEM E O SIGNIFICADO DO YOM KIPPUR?
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JUDEUS USAM GALOS E GALINHAS PARA EXPIAR PECADOS ÀS VÉSPERAS DO YOM KIPPUR
As mulheres usam galinhas; os homens, galos; e as grávidas, um exemplar de cada um. As Kaparot são vividas nos dias anteriores ao Yom Kippur, a data mais solene do judaísmo, destinada ao arrependimento e ao pedido de perdão.
“Neste momento do ano, que é nosso Ano Novo Judaico (Rosh Hashana), uma das coisas que fazemos é começar uma vida nova e refletir sobre o que fizemos no passado”, explica à Agência Efe o judeu de origem americana Menachen Persoff antes de fazer suas Kaparot.
Para Persoff, as Kaparot são uma oportunidade para “ser uma pessoa melhor, pensar nas coisas que fizemos de errado e fazer as coisas de um jeito melhor no futuro”.
Os penitentes costumam doar as aves mortas para a caridade se têm uma boa situação econômica. Caso contrário, as levam para comer em casa.
Alguns criticam os que comem ou doam as aves aos pobres ao entender que os pecados de quem toma parte no ritual foram transferidos ao animal e, portanto, este não deve ser comido.
Após o ritual, as vísceras das aves devem ser colocadas em algum lugar onde possam servir de alimento a outros pássaros, a fim de demonstrar piedade em relação a todas as coisas vivas.
Para ela, esta tradição ajuda a “pensar com mais profundidade” sobre si mesmo e seus atos.
Na antiguidade, as Kaparot eram feitas com cabras, o que deu origem à expressão “bode expiatório”.
O fato de os rabinos permitirem que o rito seja celebrado sem necessidade de matar animais é o principal argumento das organizações defensoras dos animais contra esta prática, que consideram como cruel e abusiva.
Fonte: EFE/Notícias Cristãs
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
“NUNCA DEFENDI O CRIACIONISMO”, DIZ MARINA SILVA SOBRE ENSINO EM ESCOLAS
Cotada como possível candidata à Presidência da República em 2010, a senadora Marina Silva, do PV, afirmou nesta segunda-feira (21) que nunca defendeu o ensino do criacionismo nas escolas, apesar de acreditar na teoria de que o mundo foi criado por Deus.
”Nunca defendi o criacionismo e no Brasil não existe ninguém fazendo esse movimento. Essa é uma transposição artificial de um debate que ocorre nos Estados Unidos. Não tenho uma teoria sobre o criacionismo. Apenas acredito em Deus e que Deus fez todas as coisas”, disse, em entrevista programa “Roda Viva”, da TV Cultura.
Maconha e aborto
No programa, a senadora disse ser contra a descriminalização da maconha. Para ela, a liberação da droga não resolveria o problema do tráfico e dos usuários.
"Acho que não vai dar conta. Sou contrária à descriminalização, inclusive conversei com o Gabeira [deputado Fernando Gabeira, do PV]. Mas isso não me impediu de ir fazer a campanha dele no Rio", respondeu.
Questionada sobre a legalização da maconha e do aborto, a senadora afirmou que esses temas devem ser tratados pelo Congresso. "É uma decisão [sobre o aborto] que deve vir do Congresso, que envolve questões éticas, morais, espirituais, de direito. (...) Eu não tenho uma visão daqueles que simplesmente ficam satanizando e tratando como questão moral."
Eleições 2010
Marina Silva, que não se declara candidata nas próximas eleições, fez elogios a políticas adotadas no governo Fernando Henrique Cardoso, como o Plano Real e o aumento de reservas legais na Amazônia. Para ela, o governo Lula deu sequências a certas políticas tucanas e as aprofundou.
O desafio agora, segundo a senadora, é alcançar a sustentabilidade. "O delta mais é a sustentabilidade. Como continuar com a inclusão necessária? Continuar no sentido da inclusão produtiva, com alto investimento em educação para que os jovens não tenham que depender ad infinitum do Bolsa Família."
A senadora passou a ser cotada como candidata após deixar o PT e ingressar no PV. Ela afirmou, no entando, não ter "ilusão" quanto à nova legenda.
"Acredito em processos em que as pessoas são capazes de estabelecer os diálogos mesmo com as diferenças. (...) Fui para o PV sem a ilusão de que o PV é um partido perfeito. Não é um partido perfeito, nem o PT é um partido perfeito", disse.
Pré-sal
Questionada sobre o pré-sal, apresentado na pergunta de um jornalista como um dos principais ativos de uma possível campanha da ministra Dilma Rousseff, do PT, Marina Silva disse que a proposta apresentada pelo governo para a exploração é "razoável", mas criticou a supervalorização das descobertas.
"Não podemos fazer a deificação do pré-sal. As pessoas falam como se começasse a jorrar petróleo agora. Vai levar 20 anos. Ele tem que ser utilizado muito mais para produzir conhecimento e inovação tecnológica que nos faça transitar desse modelo de combustível fóssil", afirmou.
Fonte: G1/Notícias Cristãs
terça-feira, 22 de setembro de 2009
A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
No domingo último uma multidão de fiéis das mais diversas religiões se reuniu num protesto contra a intolerância religiosa (leia a notícia abaixo). Fiquei pensando em algumas questões: será que todos os participantes tinham o mesmo propósito? O que motivou a organização do evento? E mais: O que é intolerância religiosa?
É de conhecimento público que a Rede Globo trava uma batalha contra a Igreja Universal, famosa por seus ataques diretos às religiões de origem africana. Seria o evento uma artimanha sutil da Globo para tirar a força da igreja de Macedo? Para mim pouco importa. Ainda que o evento tenha o “dedo” da Globo, a questão levantada pelo evento foi legítima. Não é raro ouvir sermões de evangélicos que ultrapassam os limites do bom senso.
Adeptos do candomblé, umbanda e quimbanda não agüentam mais ser tratados como religiosos de segunda classe. No meio “gospel” (que diferencio do termo “cristão”) os adeptos de religiões vindas da África são considerados adoradores dos demônios que fazem “trabalhos” para prejudicar outras pessoas. Essa é uma visão preconceituosa. Quando ouço alguém dizer que todas as religiões evangélicas são iguais sinto-me ofendido (e esse foi um motivo justo para que os evangélicos participassem do evento). Certa vez eu tentava explicar para algumas pessoas na igreja que há diferenças significativas entre a umbanda, candomblé e quimbanda. A resposta que obtive? “é tudo farinha dos mesmo saco!”. Confesso que minha convicção religiosa está em desacordo com muitos pontos dessas religiões, mas preciso respeitá-las.
Vez por outra encontro algum pastor reclamando por ter sido discriminado. Alguns relatam terem sofrido discriminação em tribunais, em estabelecimentos comerciais, na rua e até mesmo nas próprias igrejas. É isso o que acontece quando tratamos todos como se fossem “farinha do mesmo saco”. Se não queremos isso para nós porque tratar os outros assim?
Li um comentário de um leitor de jornal que dizia que o verdadeiro interesse da presença secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, Benedita da Silva, no evento, foi o de chamar atenção para a proibição da realização de culto evangélicos nos trens. Não tenho condições de avaliar a verdadeira intenção da secretária. Mas caso isso seja verdade, seria tal proibição um ato de intolerância? Se quisermos realizar cultos nos vagões precisamos permitir que outros também o façam. Acho que seria bem desagradável viajar em vagões superlotados com batuques, pandeiros, gritos de aleluias, axés, incensos e velas perfumadas. A maioria dos passageiros dos trens está indo para o trabalho, acorda cedo e deseja um pouco de sossego até chegar ao seu destino.
Entendo que o primeiro passo para a tolerância religiosa é buscar compreender melhor as religiões que nos cercam, lembrando que compreender não é o mesmo que concordar. O segundo passo é buscar dialogar com essas religiões. Só não dialoga aquele que se acha o único portador da verdade. Se já temos a verdade porque ouvir outras opiniões? Se já temos a verdade em que outra pessoa pode nos acrescentar?
Na época de Jesus os intolerantes eram os fariseus, saduceus, escribas, anciãos e sacerdotes, que na sua arrogância religiosa levaram para a cruz alguém que enxergava virtudes em pessoas julgadas impuras e desprezadas. Assim foi com a mulher sírio-fenícia, uma pagã que achava que só pela graça divina podia ser ouvida nas suas aflições. Assim foi com o centurião romano, que apesar de pagão manifestou uma fé que nem em todo o Israel Jesus encontrou.
Efatá!
Crédito da imagem:
BELLINI, Giovanni
Crucificação
1501-03
Oléo sobre tela, 81 x 49 cm
Coleção privada
sábado, 19 de setembro de 2009
O EVANGELHO ÁRABE DA INFÂNCIA DE JESUS
Transcrevo abaixo um trecho do Evangelho árabe da infância de Jesus (cap. 46):
"Certa noite, o Senhor Jesus voltava à noite para casa com José, quando uma criança passou correndo na sua frente e deu-lhe um golpe tão violento que o Senhor Jesus quase caiu, e ele disse a esta essa criança: 'Assim como tu me empurraste, cai e não te levantes mais'. E no mesmo instante, a criança caiu no chão e morreu'[1].
É um Jesus bem estranho, você não acha?
[1] PROENÇA, Eduardo de (org.). Apócrifos e pseudo-epígrafos da Bíblia. São Paulo: Fonte Editorial, 2005, p. 467.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
O ESTRANHO MUNDO DO MERCADO GOSPEL
"Aromatizador de unção" para carros por apenas $3,00
A bandagens com “unção de cura” custa $5,00
Batom “apaixonados(as) por Jesus” por $5,00
Fonte: evolvefish.com/fish/misc-ss2.html
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
ESPÍRITOS MALIGNOS, ANJOS CAÍDOS, LARVAS E ESPÍRITOS IMUNDOS: UMA BREVE HISTÓRIA DO DEMÔNIO.
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“A Miguel, igualmente disse o Senhor: Vai e põe a ferros Samyaza, e os seus sequazes, que se misturaram com as mulheres e com elas se contaminaram de todas as suas impurezas”[3].
“A alma que não possuísse sua sepultura, não tinha morada, e permanecia errante. Em vão aspiraria ao repouso que amava, depois das agitações e do trabalho desta vida; permanecia condenada a errar sempre, sob a forma de larva ou de fantasma, sem jamais se deter, sem jamais receber as oferendas e os alimentos de que tanto necessitava” [7].
“Penso que devo terminar talvez estes longos anos de pesquisa com a conclusão de que não existem deuses, mas apenas impressões de deuses criadas na mente do homem, tão variados são os deuses e as crenças que passaram a existir com a ação da emotividade, da sugestionabilidade aumentada e das fases anormais da atividade cerebral”[10].
“Toda a concepção do mundo que pressupõe tanto a pregação de Jesus como a do Novo Testamento, é, em linhas gerais, mitológica, por exemplo [...] a idéia de que os homens podem ser tentados e corrompidos pelo demônio e possuídos por maus espíritos”[12].
Bibliografia:
[1] Um belo exemplo do quão imaginativa foi a mente medieval em relação à atuação dos demônios pode ser encontrado na obra Malleus Maleficarum, escrita por dois inquisidores dominicanos, Heinrich Kraemer e James Sprenger, publicada pela primeira vez em 1487. O documento é uma espécie de manual para identificar bruxas. O livro foi publicado em língua portuguesa pela editora Rosa dos Tempos.
Inferno
c. 1485
Óleo sobre madeira, 22 x 14 cm
Musée des Beaux-Arts, em Estrasburgo